ESTUDO DE CASO -SALA DE RECREAÇÃO – HOSPITAL CRISTO REDENTOR – PORTO ALEGRE
Como transformar um ambiente que não é lúdico em lúdico?
•É necessário primeiro empatia e conhecer quem irá ocupar o espaço,.
•O espaço precisa ser seguro e precisa proporcionar conforto para as crianças que utilizam, muitas vezes não é possível elas irem ate esses espaços, pois não há estrutura para elas (suporte de oxigênio, suporte de soro).
•As crianças hospitalizadas tem a sua rotina afetada e isso pode afetar o seu ciclo biológico (em função da doença que ela possui.)
Imagens do local “recreação para crianças”
•”Estudo realizado pelo Revista Gaúcha de enfermagem, mostrou que as crianças que participavam de alguma atividade no hospital, se tornaram mais participativa no tratamento, isso ajuda na postura e deixa mais ativa, incluindo novas habilidades necessárias para o seu dia dia. (https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-14472014000200086&script=sci_arttext&tlng=pt)
A sala foi divida em três novos espaços, cada um com uma característica em especial.
Os espaços estão interligados visando um melhor conforto e bem estar para a criança e a possibilidade dela fazer atividades que poderia fazer em sua casa/ quintal.
Em roxo o espaço aconchego = minha casa
Em azul o espaço lúdico = meu quintal
Em amarelo o espaço de leitura = minha escola
Quando trabalhamos com espaços lúdicos, trazemos a natureza para o centro dessa concepção:
•Os ambientes naturais tiveram uma importância muito grande na nossa evolução e na nossa sobrevivência, por isso causam tanto impacto em nossa saúde e bem estar.
•A criança e/ou o adulto hospitalizado quando em contato com a natureza, tem uma recuperação mais rápida, há uma redução da dor porque o paciente possui uma outra distração que não seja somente a sua doença, ou seja o efeito fisiológico e biológico é muito positivo.
•Esse ambiente tem como proposta uma arvore representando a árvore da vida como simbologia.
Os conceitos de projeto foram baseados nos artigos cientificos:
Ref.(https://www.google.com/url?sa=t&source=web&cd=8&ved=2a hUKEwjssMSJ58XpAhXrCrkGHXvCBkcQFjAHegQICRAB&url=https%3 A%2F%2Fwww.healthcaredesignmagazine.com%2Farchitecture%2F hcd09-biophilic-healthcaredesign%2F&usg=AOvVaw1DRfOj8KbxDpFE-yYSChZa)
“ Os brinquedos ajudam numa fuga da realidade vivenciada, pois brincar esta associado ao bem estar. (ref.https://www.redalyc.org/pdf/4836/483648982009.pdf)
“ A atividade lúdica promove fatores significativos para o desenvolvimento psicomotor, cognitivo social e afetivo da criança, proporcionando um tratamento mais humanizado.”( ref. https://www.redalyc.org/pdf/1938/193817427007.pdf)
“ Quando as crianças ouvem historias, passam a visualizar de forma mais clara sentimentos que tem em relação ao mundo”
Uma criança hospitalizada fica muito fora da sua rotina seja da sua casa e também da sua escola, com base nessa questão propusemos algumas diretrizes de projeto baseadas em artigos científicos que podem auxiliar nessa conexão, mesmo não estando no ambiente, de forma que essa criança possa desenvolver algumas atividades psicomotoras e cognitivas mesmo não estando na escola.
•Reforma do Armários existente
•Inclusão de cadeiras e puffs que possam deixar a criança com seus pais e ou profissionais de saúde.
•Biombo de madeira para que possa servir de suporte de medicamento e/ou soro.
•A lousa será colocada entre a estante de livros e a TV, possibilitando que a criança possa desenhar e trabalhar o seu intelecto.
Os conceitos de projeto foram baseados nos artigos científicos: ref.http://editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/Modalidade_2datahora_23_05_2014_20_43_07_idinsc rito_34_c5f7c0c43c0804c145349b9dba201fe1.pdf https://m.monografias.brasilescola.uol.com.br/amp/pedagogia/a-importancia-leitura-infantil-paradesenvolvimento-crianca.htm)
Outra proposta para o ambiente foi trazer a casa para esse espaço, geralmente a casa é o ambiente mais seguro e acolhedor para criança, nossa proposta aqui foi trazer de fato um sala de casa, onde é possível ter ouvir musica e/ou assistir tv permitindo uma interação com outras famílias.
Os conceitos de projeto foram baseados nos artigos científicos:
“A partir dos dois meses de gestação, o feto já é sensível a sons exteriores. Aos quatro, pode até reagir a
determinada composição chutando a barriga da mãe. ATÉ OS 4 ANOS-A música ativa várias áreas sensoriais
do cérebro,e não só aquelas ligadas à audição.Uma melodia pode despertar associações com a visão e o
olfato- um fenômeno conhecido como sinestesia.Dos 4 aos 10 anos- A música passa a sensibilizar mais áreas
do cérebro ligadas ao desenvolvimento motor.”
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-influencia-musica-para-desenvolvimento-criancana-
educacao-infantil.htm)
Imagem conceitual da proposta para o espaço, delimitando os três espaços propostos, com a arvore, sofá e mesinhas de estudo.
Imagem conceitual do projeto, desse ângulo é possível ter uma visão mais tridimensional do local.
Quando projetamos através da neurociência aplicada a arquitetura, temos base cientifica para definirmos o conceito de projeto, o que nós ajuda muito em toda a aprovação, pois contra dados e fatos não temos argumentos.
Infelizmente não conseguimos patrocínio para esse espaço, mas imagine o quanto as crianças que hoje estão hospitalizadas poderiam usufruir de um local melhor para ter um pouco de qualidade de vida dentro da realidade que ela vive?
Os ambientes também são provedores de saúde e cada vez mais temos que projetar pensando dessa forma, afinal nós nos relacionamos com os ambientes da mesma forma que nós relacionamos com pessoas, ou seja, cada vez mais eles precisam ser enriquecidos (mas isso fica para o próximo artigo).
Siga-nos nas redes sociais!