Elas lutam por maior visibilidade, inclusão, igualdade de tratamento e oportunidades
Embora o papel das mulheres na sociedade seja extremamente importante, os preconceitos que ainda enfrentam quando se trata de assumir responsabilidades e cargos de confiança ainda são desafiadores.
A luta por maior visibilidade, inclusão, igualdade de tratamento e oportunidades de formação profissional continua no topo da agenda das mulheres engenheiras. O maior desafio hoje é quebrar o preconceito contra seu envolvimento em canteiros de obras e em cargos de liderança.
Tradicionalmente ocupada por homens, a área da engenharia vem, ao longo dos anos, ganhando cada vez mais adeptas. De acordo com uma recente pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea), o percentual de mulheres registradas como engenheiras no Brasil corresponde a 19,3% (199.786 mulheres engenheiras) do total de 1.035.103, no país.
Mas apesar do dado significativo no cenário total, a participação feminina entre os profissionais ativos na área é de apenas 15%.
Nanci Walter, Engenheira Ambiental e Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) do Rio Grande do Sul, considera que estar neste cargo é uma conquista mas, acima de tudo, é um ato representativo.
“Numa profissão onde a presença dos homens é predominante, ser mulher é um desafio diário. Ser a primeira mulher a presidir um conselho regional é ainda maior. “
Então, falar sobre igualdade de gênero, equidade salarial e a indiferença na engenharia continua sendo um tópico de preocupação. Sendo assim, ampliar e fortalecer o espaço das mulheres na profissão é uma grande missão, tanto em outros países quanto no Brasil.
Minoria dentro da Escola Politécnica, as mulheres da engenharia se unem frente às dificuldades
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A porcentagem de mulheres varia muito entre os cursos oferecidos pela Escola Politécnica da USP (Poli-USP). De acordo com um levantamento dos Centros Acadêmicos da Escola em 2020, a Engenharia ambiental era o curso com mais mulheres, cerca de 40%, e as Engenharias Mecânica e Mecatrônica o menor número, cerca de 15%.
Em uma disciplina optativa, uma aluna da Escola Politécnica da USP (Poli-USP) se surpreendeu com a quantidade de mulheres na sala. Além das vinte e poucas mulheres, havia apenas mais três homens. A composição majoritariamente feminina foi uma novidade para Veronica Duval, estudante de Engenharia de Produção, acostumada com a predominância dos homens nas salas de aula.
Apesar da diferença de porcentagem entre homens e mulheres na Escola Politécnica, as alunas encontraram os seus modos de se encaixarem e de se sentirem confortáveis dentro dos ambientes.
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