Imagine ganhar quase uma hora a mais por dia para estar com a família, estudar, descansar ou simplesmente viver. Esse é o tempo que o primeiro túnel submerso da América Latina, ligando Santos e Guarujá, vai devolver à população da Baixada Santista.
A obra não é apenas um feito de engenharia. É a realização de um desejo antigo de moradores, trabalhadores portuários, caminhoneiros e turistas que dependem dessa travessia todos os dias.
Dois quilômetros que mudam vidas
Hoje, para cruzar pouco mais de dois quilômetros entre Santos e Guarujá, é preciso enfrentar longas filas nas balsas — a maior travessia do mundo em volume, com 78 mil passageiros e 14 mil veículos por dia. Outra opção é pegar a estrada, o que pode levar até uma hora.
Com o túnel, esse percurso será feito em menos de cinco minutos.
A estrutura terá 1,5 km de extensão, sendo 870 metros submersos. Serão três faixas por sentido — uma delas exclusiva para o VLT — além de ciclovia e passarela para pedestres.
Essa integração vai reduzir congestionamentos, melhorar o transporte de cargas e dar mais previsibilidade a quem precisa se deslocar todos os dias.
Um marco para o Brasil
O túnel será o primeiro da América Latina construído pelo método imerso, comum em países como Holanda, Dinamarca e Japão. Esse modelo permite que grandes embarcações continuem circulando livremente pelo Porto de Santos, sem qualquer impacto.
O investimento será de R$ 6 bilhões e deve gerar cerca de 9 mil empregos diretos e indiretos, movimentando a economia local e regional.
Aproximando pessoas e oportunidades
Mais do que uma obra, o túnel representa um novo tempo para a mobilidade. Ele vai transformar a rotina de milhares de pessoas, reduzir distâncias e aproximar vidas.
Com início previsto após a licitação, será um divisor de águas na história da Baixada Santista. Um marco que traz o futuro para mais perto do presente.
Fonte: Metrópoles
