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O Ministério de Portos e Aeroportos autorizou a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) a iniciar estudos técnicos para a reativação da Hidrovia do São Francisco.

A medida foi oficializada por portaria assinada pelo ministro Silvio Costa Filho e publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Os estudos vão analisar aspectos:

  • Operacionais
  • Logísticos
  • Regulatórios

O objetivo é viabilizar a exploração privada da infraestrutura e a retomada sustentável da navegação no trecho hidroviário.

A expectativa é que, já no primeiro ano de operação comercial, a hidrovia movimente até 5 milhões de toneladas de cargas, integrando transporte hidroviário, rodoviário e ferroviário.

“A reativação da Hidrovia do São Francisco vai fortalecer a economia local, promovendo um transporte mais eficiente, sustentável e integrado com outros modais”, destacou o ministro Silvio Costa Filho.

A importância da hidrovia

Com 1.371 quilômetros de extensão navegáveis, entre Pirapora (MG), Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), a hidrovia permitirá o transporte de cargas do Centro-Sul ao Nordeste de forma mais econômica e sustentável.

Um comboio hidroviário pode substituir até 1,2 mil caminhões, reduzindo emissões de CO₂ e o desgaste das rodovias. Além disso, o consumo energético das embarcações é muito menor, tornando a alternativa mais eficiente e sustentável.

Desenvolvimento regional

A Nova Hidrovia é um projeto logístico estratégico para o escoamento de cargas e para o desenvolvimento regional. Entre os produtos que serão transportados estão:

  • Gesso agrícola, gipsita, drywall e calcário – de Petrolina (PE) até Pirapora (MG)
  • Açúcar e óleo – de Juazeiro (BA) para Pirapora (MG)
  • Sal – extraído no Rio Grande do Norte, seguirá até Remanso (BA) e depois Pirapora
  • Café – de Pirapora para Juazeiro e Petrolina, atendendo à demanda do Nordeste
  • Milho, soja, algodão, adubo e insumos agrícolas – de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães (BA) até Ibotirama (BA), seguindo pela hidrovia até Juazeiro

Esses produtos terão conexão com o Porto de Aratu-Candeias (BA) e também poderão ser transportados por rodovia ou ferrovia, aumentando a eficiência logística.

Instalações portuárias

A reativação da hidrovia será feita em três etapas:

  1. 604 km – entre Juazeiro e Ibotirama (BA), com escoamento para o Porto de Aratu-Candeias
  2. 172 km – entre Ibotirama, Bom Jesus da Lapa e Cariacá (BA), com conexão aos portos de Ilhéus e Aratu-Candeias
  3. 670 km – entre Bom Jesus da Lapa (BA) e Pirapora (MG)

Além disso, estão previstas 17 Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte (IP4):

  • 6 já em fase de projeto
  • 11 em planejamento

Os editais para os IP4 de Petrolina e Juazeiro devem ser lançados em setembro, com início das obras previsto para janeiro de 2026.

Fonte: Gov.br

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