Com previsão de início das operações para junho de 2032, o trem-bala RioSP, que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro em 1h45 de viagem, terá 417 quilômetros de extensão e terá paradas, além das capitais, em 7 cidades durante o percurso. A estimativa é que o trem de alta velocidade irá transportar mais de 25 milhões de pessoas por ano.
Dentre as estações, uma delas fica em Guarulhos e as outras seis na região do Vale do Paraíba, em Jacareí, São José dos Campos, Taubaté, Aparecida, Resende e Volta Redonda/Barra Mansa. Os pontos final e inicial do trajeto serão a Estação Água Branca, em SP, e a Estação Leopoldina, no RJ. As cidades foram escolhidas após negociações com as prefeituras.
O trem de alta velocidade poderá atingir até 350km/h. O projeto é liderado pela empresa TAV Brasil e foi assinado junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Ele prevê investimento total de aproximadamente R$75 bilhões. A ideia é que o valor seja financiado por investidores privados, sem utilização de recursos públicos.
A fonte de energia que irá alimentar o novo sistema ferroviário deve ser renovável, promovendo menor emissão de carbono. A economia em emissões equivale a uma área de floresta de 225 km² ao ano, do tamanho do município de Recife.
Implantação do trem-bala RioSP
O cronograma do projeto conta com etapas planejadas para garantirem a conclusão dentro do prazo estipulado pela TAV. Atualmente, ele está em fase de elaboração do EIA-RIMA (estudo de impactos ambientais) para efeitos de obtenção da licença ambiental prévia do projeto.
Já foram realizados estudos de demanda, definição do traçado, mapeamento dos dados fundiários e revisão do projeto de engenharia. A licença prévia deve ser obtida até junho de 2025 e as desapropriações até dezembro do mesmo ano. Até junho de 2026, a empresa quer obter a licença de instalação e o início das operações está marcado para 2032.
Benefícios e Desafios
Entre os desafios previstos para o projeto estão as características geográficas entre Rio e São Paulo. O trajeto envolve montanhas, vales e a construção de túneis e viadutos de longo alcance, o que eleva significativamente os custos.
Além disso, a execução das obras deve enfrentar questões como a desapropriação de terras ao longo do trajeto; a necessidade de adaptar a infraestrutura ferroviária existente; e os impactos climáticos, como chuvas e enchentes, que podem comprometer a integridade dos trilhos.
Mas nem só desafios envolvem o projeto. Os benefícios que o trem-bala trará vão muito além da simples mobilidade. O novo modal de transporte deve impulsionar o desenvolvimento econômico em cidades por onde passará, como São José dos Campos e Volta Redonda, além de gerar milhares de empregos diretos e indiretos durante sua construção e operação.
Fontes: Metrópoles / Diário do Litoral
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