Edifícios consomem recursos naturais. Seja em sua construção ou durante sua operação, a arquitetura pode causar um impacto significativo no meio ambiente. Promover práticas sustentáveis a fim de minimizar o consumo de energia, água e materiais é fundamental para reduzir as emissões de carbono e contribuir para a mitigação da crise climática. Com o constante debate ao redor da sustentabilidade, prezar pelo meio ambiente não apenas se tornou imprescindível, como também passou a valorizar os imóveis construídos sob esse viés. Por isso, mais do que apenas um greenwashing, é necessário olhar para soluções que fazem a diferença.
Desta forma, reunimos aqui diferentes estratégias para conceber casas ecológicas e eficientes em energia. Que além da responsabilidade ecológica em busca de um futuro mais sustentável, tendem a melhorar o conforto e a qualidade de vida de seus habitantes. Veja todas, a seguir.
Sistemas de energia geotérmica
A temperatura constante do solo possibilita que sistemas aproveitem a energia geotérmica para aquecer e resfriar a casa de forma eficiente. Apesar de ser essencialmente limpa e emitir pouco gás carbônico, há algumas desvantagens para esse tipo de energia, como o alto custo inicial de instalação.
Isolamento sustentável
Para evitar a perda de energia, isolar bem um edifício é essencial. Para isso, opções com materiais sustentáveis como celulose reciclada ou espuma de soja, assim como o uso de janelas eficientes com vidros duplos ou triplos, são fundamentais para melhorar a eficiência – uma vez que minimizam a perda de calor no inverno e o ganho excessivo de calor no verão – e reduzir o consumo energético de aquecimento e refrigeração.
Sistemas de automação residencial
A automação surgiu como tópico para arquitetura no final do século XIX. Da possibilidade de uma pré-fabricação inteligente até diferentes soluções para incorporar a domótica nos edifícios, esses sistemas permitem um controle inteligente de dispositivos, como iluminação e termostatos, para otimizar o consumo de energia. Aqui, vale ressaltar os sistemas de monitoramento energético. Os quais permitem identificar formas de aprimorar o modo como a energia está sendo consumida, podendo trazer economias a partir de novos usos ou técnicas adotadas.
Painéis solares fotovoltaicos
Esses painéis convertem a luz solar em energia elétrica, permitindo que os proprietários reduzam sua dependência de fontes de energia convencionais. Podendo reduzir até 95% dos gastos mensais com energia, trata-se de uma solução cada vez mais comum que recebe incentivos em todo o mundo (no Brasil, o governo atual zerou os impostos federais para a aquisição do produto).
Recuperação de água pluvial
Sistemas de coleta e armazenamento de água pluvial permitem o reúso para fins não potáveis, como irrigação de jardins e descarga de banheiros. Além de aproveitar a água da chuva na arquitetura, a captação de águas pluviais colaboram com as infraestruturas de drenagem urbana no caso de chuvas fortes, ajudando a evitar os desastres causados por enchentes.
Telhados verdes
Sendo um dos sistemas que colaboram com a absorção da água pluvial, os telhados cobertos com vegetação brindam outros benefícios como o isolamento térmico e acústico, e a redução do efeito de ilha de calor urbano. Para uma completa eficiência, é interessante compreender todas as camadas necessárias para sua instalação adequada.
Ventilação eficiente
Sistemas de ventilação mecânica controlada garantem a renovação adequada do ar interno, melhorando a qualidade do ar e reduzindo a necessidade de resfriamento ou aquecimento excessivo. Pensar como a ventilação natural pode contribuir para o conforto térmico no espaço, principalmente em zonas tropicais, configura uma ótima alternativa para poupar o consumo energético e trazer mais conforto.
Materiais de construção sustentáveis
O uso de materiais de baixo impacto ambiental, como madeira certificada, concreto reciclado, tintas sem VOC e isolamentos eco-friendly – ou uma série de materiais inusitados, como o cânhamo e o milho – também contribui para a sustentabilidade de uma residência e o baixo impacto ecológico.
Fonte: Archdaily