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Confira os números desta área que só vem crescendo com a participação feminina

Áreas consideradas predominantemente masculinas, como a construção civil, registram um número cada vez maior de trabalhadoras mulheres.

O segmento de construção civil ainda é visto, predominantemente, como um ambiente masculino. Porém, a presença feminina é cada vez mais marcante. Apesar de ainda representarem uma parcela inferior a 20% do total de profissionais no setor, as pesquisas mais recentes indicam um crescimento significativo nos últimos anos.

Dados do Painel da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), em 2020 foi registrado um aumento de 5,5% de cargos com carteira assinada ocupados por mulheres no Brasil.

Em números, isso significa um aumento de 205.033 postos de trabalho em 2019 para 216.330 em 2020. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fez um recorte entre os anos de 2007 e 2018 e o resultado foi um crescimento de 120% no número de mulheres trabalhando nessa área.

Na empresa Lyx Engenharia, o número de mulheres em diversas funções cresce diariamente. Hoje, 49% os cargos administrativos são compostos por mulheres. Em cargos de liderança elas representam 31,11% e na área de engenharia os dois cargos de gerência são compostos por mulheres. Ao total na empresa, a presença feminina já representa mais de 36.56% dos cargos.

Exemplos

Celia María Sánchez, 48 anos, é servente e conta que desde o começo está ao lado de outras mulheres observando as etapas de trabalho. Com isso ela aprendeu a fazer um pouco de tudo em cada obra pela qual passou. Ela diz que sua vida mudou drasticamente depois que saiu da Venezuela e entrou na construção civil, na qual não tinha experiência, e hoje sustenta sua família.

A colaboradora Bruna Matos, 28 anos, ressalta a importância de estar presente nesses espaços. Trabalhando na Lyx ela teve oportunidade de trabalhar em diversas áreas na obra como o plantio de grama, tapar buracos e lidar com os materiais que sobram no canteiro de obras. Segundo ela, conseguir realizar esses trabalhos que exigem todo esse trabalho braçal, mostra como as mulheres podem trabalhar nas mais diversas áreas do mercado.

Contexto

A luta por igualdade é grande, mas já gerou grandes frutos na sua vida, tanto no aspecto pessoal quanto profissional. Com a presença nas obras, ela conseguiu aprender outras atividades e acredita estar melhor preparada para o mercado de trabalho.

No contexto histórico, a Primeira Guerra Mundial foi um marco que mudou a relação das mulheres com o trabalho. Nesse período, muitas delas deixaram de executar exclusivamente as funções domésticas para disputar as vagas no mercado de trabalho.

Na construção civil, os números são animadores mesmo com os percalços da pandemia. O aumento da demanda e a falta de mão-de-obra abriu oportunidade para muitos brasileiros, independentemente de gênero.

A mudança é nítida dentro das universidades também. De acordo com o Censo de Educação Superior, os números vêm aumentando de forma contínua desde 2007. No canteiro de obras elas estão presente nas mais diversas atividades e também em cargos administrativos de empresas da construção civil.

Os resultados assim são animadores para uma luta de anos contra preconceitos em busca por igualdade. Porém, mesmo conquistando diversos espaços, ainda existem muitos desafios. Isso porque dos 1.069.137 milhões de profissionais cadastrados no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, menos de 20% são mulheres.

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