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Problemas como trincas e fissuras podem ocorrer por motivos variados. Saiba como evitá-los e corrigi-los

Sistema construtivo amplamente utilizado no Brasil, a alvenaria de vedação pode apresentar uma série de manifestações patológicas decorrentes de falhas de dimensionamento, erros executivos e uso inadequado da estrutura. De modo muito recorrente, esses problemas surgem na forma de trincas e fissuras, que podem comprometer o desempenho da parede, reduzir a durabilidade dos revestimentos e, ainda, gerar prejuízos financeiros, não só por exigir reparos, mas também pelo abalo psicológico sobre as pessoas e à imagem do construtor.

FALHAS DE PROJETO
Por serem constituídas de materiais cerâmicos e cimentícios, as alvenarias costumam responder bem às solicitações de compressão. O mesmo não ocorre em relação às solicitações de tração, flexão e cisalhamento. “Por isso, as tensões de cisalhamento e tração são as responsáveis pela maioria das ocorrências de fissuras em alvenarias, sejam elas estruturais ou não”, explica a engenheira Cristiana Furlan Caporrino, autora do “Livro Patologia em Alvenarias”.

De acordo com a engenheira, um projeto bem detalhado é o ponto de partida para uma boa execução, evitando anomalias. Para tanto, todas as disciplinas têm de estar criteriosamente compatibilizadas, e o processo deve ser iniciado na fase de projeto conceitual, evoluindo até a finalização da execução.

Furlan destaca que o projeto deve ser concebido tendo em vista:
• Vãos verticais e horizontais da estrutura com a modulação da alvenaria, evitando o corte de blocos
• Modulação da alvenaria com aberturas para esquadrias de portas e janelas
• Posicionamento das instalações elétricas e hidráulicas, viabilizando a passagem dos dutos
• Especificação de todos os materiais de construção necessários, incluindo traços indicativos de argamassas de assentamento e encunhamento
• Memorial descritivo da construção
• Locação das paredes
• Execução dos cantos
• Escoramentos provisórios ante a ação dos ventos
• Fixação de marcos e contramarcos
• Cintas ou pilaretes de reforço para paredes com grandes dimensões
• Detalhes construtivos de ligações com pilares

ASPECTOS EXECUTIVOS
Durante a execução de paredes de alvenaria, alguns pontos críticos exigem cuidado especial para evitar manifestações patológicas futuras. É o caso da ligação com os pilares, normalmente feita com telas metálicas dispostas a cada duas fiadas e fixadas nos pilares com pinos metálicos. “A tela deve ser dobrada em 90° e os pinos precisam ficar o mais próximo possível da dobra, procurando apertar a alvenaria neste pilar previamente chapiscado”, orienta Cristiana Furlan. Ela lembra que a correta utilização de vergas e contravergas, incorporadas à alvenaria para distribuição das tensões, também são importantes para evitar o aparecimento de fissuras que tendem a se concentrar nos cantos das aberturas de portas e janelas.

Também exigem atenção as alvenarias do último pavimento de edificações, que precisam suportar as solicitações decorrentes das movimentações da laje de cobertura. Algumas boas práticas usuais são o isolamento térmico da laje de cobertura e a proteção contra insolação. “Mas para resultados mais eficazes, pode-se prover a laje de cobertura de junta de dilatação, tornar o apoio da laje deslizante, com o uso de aparelhos de apoio apropriados, utilizar encunhamentos flexíveis, aplicar telas de reforço nas argamassas de revestimento e reforçar os vértices das aberturas, mesmo se utilizando das vergas e contravergas”, cita Furlan.

ESTRATÉGIAS PARA CORREÇÃO DE FISSURAS
Há uma série de técnicas para corrigir manifestações patológicas em alvenarias de vedação. Entre elas é possível citar desde a inserção de telas metálicas de reforço, à criação de novas juntas de movimentação.

Mas antes de qualquer intervenção, é fundamental que os problemas e suas causas sejam devidamente identificados. Afinal, “um bom diagnóstico levará a uma adequada ação de recuperação e reparo”, comenta o engenheiro Renato Sahade.

Consultor em patologia de concreto e revestimentos, Sahade explica que a escolha de um sistema de recuperação de trincas e fissuras dependerá de três fatores essenciais:

• o monitoramento das fissuras, ou seja, o acompanhamento das atividades destas fissuras (ativas ou passivas, sazonais ou progressivas)
• a experiência de um profissional habilitado que avalie corretamente a causa geradora da fissura
• particularidades operacionais, como disponibilidade financeira, de mão de obra capacitada, de materiais e equipamentos

Fonte: AECWeb

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