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A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia projeta um crescimento econômico de 2,4% para este ano. A estimativa anterior para o período, de novembro de 2019, era de 2,32%. A SPE divulgou nesta terça-feira o do Boletim Macrofiscal com a grade de parâmetros macroeconômicos, com estimativas sobre o Produto Interno Bruto (PIB) e inflação. Para o fechamento de 2019, a estimativa de expansão do PIB é de 1,12%, ante 0,90% feita em novembro.

Em relação à inflação, a previsão do governo para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano passou de 3,53% para 3,62%, dentro da meta fixada pelo Banco Central (BC) de 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para o INPC, a estimativa passou de avanço de 3,54% para 3,73% e do IGP-DI, de 4,20% para 4,32%.

Segundo o boletim, os indicadores de emprego e atividade econômica indicam retomada consistente da economia para 2020. Além disso, o documento destaca que é essencial manter a trajetória de ajuste fiscal para manter o juro real de equilíbrio baixo e estimular o crescimento. Além disso, conforme o boletim, as reformas que visam elevar a produtividade são fundamentais para promover o crescimento sustentável.

Déficit fiscal
Após a divulgação das projeções da SPE, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, indicou que o governo central deve encerrar 2019 com déficit primário em torno de R$ 70 bilhões. Em percentuais do PIB, deve ficar perto de 1%. Os dados fechados de 2019 serão conhecidos ainda neste mês.

Waldery ressaltou a necessidade de manter o zelo fiscal e que a equipe econômica busca melhorar o resultado nominal. “Buscamos melhorar o resultado nominal. Agora, esse número se aproxima de 5,9% do PIB. Resultado nominal terá perfil melhor do que esperado há 12 meses”, destacou.

“A política fiscal está na linha mestra desse governo. Política mãe, principal, para termos cuidado e zelo para que outras políticas possam seguir, inclusive, política social”, frisou. “Temos preocupação e zelo com a política fiscal”, acrescentou.

O secretário destacou ainda que a dívida bruta do governo geral está em trajetória de queda e não deve ultrapassar 80% do PIB em 2020. “Primário necessário para estabilizar a dívida em relação ao PIB também é muito menor. Caiu quase pela metade do que esperávamos”, ressaltou.

Para Waldery, a economia brasileira já reage ao esforço fiscal, “mas isso precisa ser continuado”. “Nem metade do esforço fiscal necessário foi feito. Nossa relação dívida/PIB está em trajetória de estabilidade, mas longe do patamar de países com perfil similar ao do Brasil”, disse.

Para ele, medidas que possibilitaram o saque do FGTS “levaram a economia a um bom dinamismo e trouxeram sinalização de mudanças estruturais”.

Fonte: Valor Investe