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A Shell está fazendo sua primeira incursão na geração de energia no Brasil com um projeto inovador que utilizará gás natural dos extensos depósitos no pré-sal em alto mar do país.

A major européia fará parceria com a Mitsubishi Hitachi Power Systems (MHPS) do Japão e com a Patria, gestora de fundos de private equity local, para desenvolver a usina de 565 MW Marlim Azul que será fornecida pela subsidiária brasileira da Shell.

A Shell é a segunda maior produtora de gás do Brasil, depois da estatal brasileira Petrobras.

O projeto de US $ 700 milhões a ser construído no estado do Rio de Janeiro está programado para começar a operar em janeiro de 2022.

A usina de Marlim Azul será um importante teste para o uso de gás associado na geração de energia. Investimentos recentes em geração greenfield baseada em gás no Brasil tem sido principalmente em projetos vinculados a GNL importado ou gás seco doméstico onshore.

O projeto estará localizado próximo ao complexo de processamento de gás natural de Cabiunas, em Macaé, que está conectado ao gasoduto da Rota 2 dos campos do pré-sal.

“Estávamos buscando uma maneira eficiente de monetizar o gás natural que será produzido pelos campos do pré-sal”, disse o presidente da Shell Brasil, Andre Araujo, acrescentando que o projeto permitirá sinergias entre as operações em águas profundas, gás e eletricidade da empresa.

A usina deverá operar em uma média de 80pc de capacidade como complemento à geração intermitente de energia renovável.

O projeto garantiu contratos de compra de energia de longo prazo com 25 distribuidores de energia em um leilão de dezembro e também recebeu aprovação do Ministério de Minas e Energia para vender energia no mercado não regulado.

A Patria Investimentos terá 50,1pc no projeto, a Shell terá uma participação de 29,9pc e a MHPS 20pc.

Fonte: O Petróleo