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Empresas esperam que melhora da economia e renda, além de novos investimentos em obras de infraestrutura e retomada do mercado imobiliário, deva impulsionar as vendas da indústria

A indústria de materiais de construção acredita que a retomada do emprego e maiores investimentos em infraestrutura e mercado imobiliário devem impulsionar o crescimento em 2019. No ano passado, o setor registrou o primeiro resultado positivo após três anos de queda no faturamento.

“Nossa expectativa é de melhora na economia, redução do desemprego e aumento dos investimentos na construção civil”, afirma o gerente comercial da Stam Metalúrgica, Márcio Luiz Tavares. Ele entende que esse movimento irá beneficiar as vendas do setor.

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) projeta avanço de 2% no faturamento do setor em 2019. O presidente da entidade, Rodrigo Navarro, explica que esse número pode ser revisado em função de variáveis política e econômica. “O resultado está sujeito a uma série de fatores como a aprovação da reforma da Previdência, expansão de programas habitacionais e retomada de obras paradas de infraestrutura.”

O dirigente destaca que o varejo, que vem sustentando o setor nos últimos anos, deve ser beneficiado pela melhora de renda das famílias. Também é esperada uma recuperação mais consistente em imobiliário e infraestrutura, segmentos que sofreram muito durante a crise. “O novo governo sabe que um caminho rápido para gerar emprego, renda e movimentar a economia é retomar essas obras”, assinala.

O dirigente destaca que o varejo, que vem sustentando o setor nos últimos anos, deve ser beneficiado pela melhora de renda das famílias. Também é esperada uma recuperação mais consistente em imobiliário e infraestrutura, segmentos que sofreram muito durante a crise. “O novo governo sabe que um caminho rápido para gerar emprego, renda e movimentar a economia é retomar essas obras”, assinala.

Ele entende que programas habitacionais devem receber atenção do governo. “Existe uma demanda de habitação e projetos como o Minha Casa, Minha Vida devem ter espaço. O governo anterior aumentou o financiamento para reforma, o que também ajuda a alavancar as vendas.”

O diretor geral da Mexichem Brasil, Henio De Nicola, também revela expectativa positiva. “Esperamos que haja uma movimentação maior e que se consiga aprovar reformas essenciais para o País. Isso nos possibilitaria um crescimento de quatro a cinco vezes o projetado pelo setor”, explica. “Acreditamos que o mercado deverá ter desempenho positivo de cerca de 3% no ano, o que significa que teríamos um incremento de 12% a 15% do faturamento.”

Nicola também acredita que ações para combater o déficit habitacional deverão ser tomadas e destaca que existe uma procura por maior diálogo da gestão do presidente Jair Bolsonaro. “A plataforma do novo governo inclui destravar o mercado industrial, que vem encolhendo nos últimos anos, e a equipe econômica manifestou a intenção de ter um contato estreito com o setor.”

Recuperação
De acordo com dados da Abramat, o setor de materiais de construção fechou 2018 com crescimento de 1,2% do faturamento em relação ao ano anterior. Foi o primeiro resultado positivo após três anos de queda. “Em 2018, nós conseguimos um primeiro objetivo que foi consolidar a recuperação do setor e fechar com um número positivo”, afirma Navarro.O levantamento da entidade mostra que o nível de emprego na indústria de materiais de construção também obteve crescimento. No período entre dezembro de 2017 a dezembro de 2018, houve alta de 1,7% no número de vagas de emprego entre os fabricantes do mercado na comparação com igual período anterior.

Fonte: DCI