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Na última semana, a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou que a Suzano invista R$ 1,27 bilhão para construir e administrar por 99 anos uma linha férrea de 136 quilômetros que conectará o município de Três Lagoas (MS) a Aparecida do Taboado (MS), além de um ramal ferroviário de 24,7 quilômetros na área urbana de Três Lagoas.

Com a nova ferrovia, a Suzano terá uma alternativa ao transporte rodoviário – que está sobrecarregado – para escoar a produção de 3,25 milhões de toneladas de celulose que exporta anualmente das duas unidades em Três Lagoas. Assim, é garantido que a produção chegue ao Porto de Santos, onde segue seu trajeto de exportação.

Para o diretor-relator da ANTT, Felipe Queiroz, o incremento de capacidade ferroviária para o país é importante sendo que o requerimento da Suzano “convergia com a política pública do setor ferroviário”, sendo a exploração indireta por meio de autorga de autorização.

O executivo ressaltou, ainda, que a empresa apresentou toda a documentação exigida e que ficou provada a “viabilidade locacional e aspectos técnicos e operacionais” da ferrovia e que a concessão por 99 anos não contraria os interesses públicos.

A decisão e os argumentos foram similares para o ramal de 24,7 quilômetros, que terá investimentos de R$ 170 milhões, interligando o Arco do Contorno da Rumo Malho Oeste (RMO) a duas unidades de produção de celulose.

Com estas, a Suzano já tem três autorizações. Em janeiro de 2022, a companhia conseguiu a aprovação da ANTT para assinar um contrato para construir 231 quilômetros de ferrovia ligando Ribas do Rio Pardo (MS) a Inocência (MS), com investimentos de R$ 1,6 bilhão, com a concessão de 99 anos, prorrogáveis pelo mesmo período.

O trecho vai ser interligado com a linha férrea da Rumo Malha Norte (RMN), enquanto Inocência também deve receber um pátio de espera-despacho com um comprimento útil de 1.800 m, podendo absorver composições de até 80 vagões típicos de celulose. Já em Ribas do Rio Pardo considera-se utilizar uma pera ferroviária que acessará diretamente o armazém de estocagem, segundo pedido da empresa.

Esta ferrovia será utilizada para escoamento da produção de 2,55 milhões de toneladas/ano de celulose da unidade em construção em Ribas do Rio Pardo, o Projeto Cerrado – investimento de R$ 19,3 bilhões, com previsão de início das operações em 2024.

Dessa forma, com a decisão unânime da diretoria da ANTT, o Ministério de Infraestrutura já pode assinar com a empresa contrato de concessão para que as obras sejam iniciadas, porém ainda não há uma data definida para que o acordo seja formalizado.

Fonte: Portal Celulose

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